Para quem gosta de comboios: é a viagem de uma vida. E eu gosto de comboios.
Gosto de passear os olhos pela paisagem, adormecer no embalo dos carris, acordar algures, no meio de nada e olhar o céu, pelo canto de uma janela.
Gosto de me encostar no ritmo das paredes que balouçam a cada curva e sobretudo de adivinhar. Muito rapidamente, os vultos que surgem, para logo desaparecer.
Sonha-se rápido num comboio. Sonha-se a 170 km por hora e sonha-se muito.
Por vezes a paisagem repete-se e dá-nos algumas tréguas à imaginação, que galopa, incessante.
Imaginamo-nos em cada curva, em cada tarefa, em cada rosto esfumado e fazemos de cada paragem uma pausa nos sentidos. Breve, porque se quer breve, na viagem de uma vida.
(imagem retirada da net)
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