sábado, 4 de dezembro de 2010

Pasmou-se num barco

Pasmou-se num barco.
Pasmou-e na viagem. No destino. Nas luzes que passavam. Na vastidão.
Pasmou-se no azul  e no silêncio do barco que passava. Pasmou-se e pronto!
Estava frio. Um frio esbranquiçado. Os narizes gelados. Mas a paisagem cheia: de barco.
Para onde? Com quem? Porquê? Que caís o esperaria à chegada? Seria certamente muito maior do que o de Viana... a encher de assombro o fim da tarde.
Trouxe-mos o barco!

2 comentários:

  1. Na viagem? Pasmado?
    Nada além
    da aragem me segura
    levado,
    por ninguém
    me diria
    segurado.

    São muitas as luzes,
    Sítio do meu coração.
    Urzes...
    Sim - vastidão
    de azul e dos barcos,
    gestos meus, parcos,
    avós, frio de privações,
    paisagem...

    Amor, rudez,
    suor,
    barcos e o cais...

    Era uma vez,
    Deus meu, pra onde me levais?,
    meu Deus
    - um homem
    sem fim, um homem
    assim,
    sem ir, mas vem,
    velho homem
    que a Deus pede - tem!

    ResponderEliminar
  2. Feliz encontro, João!
    Com muito azul
    e tanta vastidão.
    Beijo

    ResponderEliminar