Pois que me descuidei, diz o cavalheiro, que veio à caixa de comentários deixar recado, porque meti o peru no tordo...mas afianço-vos que era assim que estava na receita. Ajeito o lorgnon e não vejo alternativa...
Não consigo descansar com tamanha aflição, sendo que a única salvação possível da minha ceia de natal, em chique, evidentemente (se fosse o bacalhau do costume nada disto se passava) é essa ideia: de truz! Meter as aves todas, os condimentos todos, quiçá os acompanhamentos no bucho do bicho...enorme.
Parto...Alentejo fora a procurar o dito. Dizem que o mais provável é que o encontre com a cabeça metida na areia, pelo que tenho que prosseguir caminho por essa moirama até terrenos mais alagadiços...
Mas eu garanto-vos que tenho a minha "Ceia de Natal Especial," com todas as aves metidas numa só. Por camadas, por tamanhos, por cores, o que for!
Neste caso e, como até há espaço, vou alterar um bocadinho a receita original...meto-as lá e, em vez do funcho, acrescento umas tâmaras e umas ameixas. Também estou a pensar decorá-lo com umas rodelas de limão à volta e uns gomos de tangerina. É que o bicho além de enorme, pernalta, é medonho. Tem os olhos esbugalhados, o cabelo eriçado, as pernas tortas. Estraga-se-me o efeito da travessa...
Acabo de descobrir uma avestruz, Senhora Marquesa. Não é macho, mas também já não é nova. Creio que anda aí pelos 54 anos. Por isso, porque não experimentar uma chanfana de avestruz, em vez de rechear o bicho?
ResponderEliminarE não é muito pesadão para a ceia?...
ResponderEliminarPara a ceia, o melhor é ficar por umas tapas no avestruz. E beber um espumantezinho da Bairrada. No dia seguinte, ataca-se o bicho ao almoço, com o recheio de aves e tudo.
ResponderEliminarAté à Páscoa temos avestruz garantido. Também, com aquela idade, será preciso rilhar muito.