Muito se tem falado e escrito, acerca das eleições presidenciais. Das características dos candidatos.
Perfilam-se de um lado os políticos de craveira, com "folha de serviço". Do outro, as candidaturas "modernas", da cidadania. Onde nos fazem crer que um cidadão, pelas suas qualidades, pode ser presidente da república.
Aos primeiros, aponta-se-lhes o "militantismo". Por mais que tentem esconder os cartões debaixo do tapete e esquecer as quotas...aos segundos, a falta de "traquejo" que poderá custar-lhes a eles, e a nós, muito caro. A liberdade de que falam, não é senão, dentro do "sistema", uma falsa premissa, que os torna vulneráveis. Alvos fáceis, marionetas, mesmo que bem intencionados. Facilmente manobravéis, por máquinas bem oleadas e pouco vocacionadas para a "cartilha maternal".
Ora então, em que é que ficamos?
Candidatos à parte, ficamos exactamente neste impasse, que nos vai conduzir àquilo a que todas as eleições presidenciais, sem excepção nos têm conduzido: o colo
O colo, que já conhecemos. Independentemente do facto de gostarmos ou não, mas que seja um colo.
Dar-nos-á a pequena segurança de um caminho já traçado. De um percurso mais ou menos adivinhado.
Procura-se, afinal, a segurança. Face a qualquer tentativa de inovação, de renovação de seja o que for. Mesmo que essa segurança seja a possível, e muito aquém do expectável.
Foi assim, em todas as eleições presidenciais desde o 25 de Abril.
Nenhum presidente ficou por reeleger. Absolutamente nenhum. Porque para os portugueses, a real tarefa de um presidente é afinal a mais complexa: o colo.
Venham os psicólogos explicar melhor...
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