Não se consegue agarrar às mãos cheias, a espuma inventada, debaixo do cálido penetrante da lua.
Não se consegue sequer, finalizar a sétima onda à procura do melhor verde-mar do fundo de qualquer tempo.
No Sítio, só o silêncio se envolve no néctar puro, sabor distante do sol e dos sois que já partiram.
Eterna a amizade do balouçar tempestivo e temperado em noites amargas de saudade.
No Sítio, sob a lâmpada-cor-de-fogo, os traços vividos nos rostos dançam pelas paredes vazias da capela.
Soam ladainhas rematadas de suspiros que deslizam. E, a última pata do cavalo, balouça sozinha ao vento norte. Sem mais rede, do que as que se perderam.
Rapidamente pelas lascas da falésia se desce à praia.
Ressaltam aladas as muitos mãos esquecidas no mar. E, os olhos dos que morreram, embebidos em pasmo, numa aflitiva permanência, balouçam ao vento.
Da falésia escoam ainda os gritos lancinantes das madeiras partidas e repartidas por vários rochedos. Amortalhada, enegrece a vila.
Mascarado, por vezes no som dos últimos risos que sobem no ar...permanece perdido de negro e luto, à sombra do último espaço de despedida - esse Sítio
bonito...
ResponderEliminar(claro que o sitio aos fins de semana e feriados, é tudo menos poético).
Obrigada.
ResponderEliminarO "meu Sítio" é mais um Sítio de uma Nazaré de final de Verão, ou mesmo de Inverno, que é quando é mais bonito.