Era um dia de chuva como outro qualquer.
Não fora o encontrão e nunca os meus olhos se desprenderiam do rápido serpenteado do passeio.
- Por aqui? Que tens feito? Tantos anos...
- Pois...eu...agarrei!
- Agarraste?
- Agarrei. Agarrei com força sabes. Mesmo nos dias frios, nas noites sem nenhum luar. No tempo de chuva, no calor que teima em não permitir mais nada, que um breve lamento. Agarrei. Com tanta força que hoje...é como vês - e abriu os braços. Abriu-os todos. Com as palmas da mão viradas para cima, por forma a não deixar escapar as gotas de chuva...
- Agarraste...
- O destino! Não foi fácil, mas agarrei! O melhor que consegui... Sabes, há pessoas que agarram e outras que deixam escapar...eu agarrei. Talvez não todo...mas pelo menos uma grande parte. Acho que a maior fatia. Gosto de pensar que sim...queres um pastel de nata? A mim, apetecia-me...
como se chega bem ao destino, doce...
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