quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ponte por cima da minha ousadia




Nunca pensei chegar o dia, em que uma ponte se sobrevoasse. Se lançasse por cima da minha ousadia
                                  e num repente, alcançasse o silêncio desmedido do céu.

Desde que o horizonte se rasgou, foi exactamente isso que aconteceu.
Eram seis e meia da tarde, sem sombra de memória.
Ficou apenas o lençol desfeito, no compasso mais- que -perfeito.
Amanhã seria história...
não fosse o céu  cheio de vento, a querer rasgar mais um e outro e outro, momento.




(Fotografia tirada no Chile, pelo fotógrafo Mário Castello)
                                        

6 comentários:

  1. Filipa
    Que lindo .
    Fiquei pensando além de minhas ousadias...
    Beijinho

    Lucia

    ResponderEliminar
  2. Obrigada Lucia.
    É sempre bom e importante,
    ir além...
    Bj para si também

    ResponderEliminar
  3. Parabéns, George Sand!

    Gostei muito da poesia da prosa e da fotografia.

    ResponderEliminar
  4. Obrigada Ana.
    Poesia e prosas minhas a fotografia, de um profissional, o Mário Castello.

    ResponderEliminar
  5. Difícil comentar esta sua prosa plena de metáforas...peço que abra um pouco mais o véu. A ponte que inverte o valor das coisas, o horizonte que se rasga e o lençol desfeito enredam o meu raciocínio e eu reconheço que tem uma capacidade de escrita e originalidade invulgares...

    Parabéns.

    Bj

    Olinda

    ResponderEliminar
  6. Eu percebo o que diz Olinda. Acho que deixo escorregar as palavras no que diz respeito à emoção e contenho-as pela metáfora...a minha área de eleição é a Fiosofia.
    Mas vou tentar aclarar...
    Bj

    ResponderEliminar