sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sempre...flores

Fico parada a olhar as flores.
Pode ser numa esquina, num recanto, num campo de primavera, ou aqui mesmo na internet. Acontece muitas vezes no fim do dia, procurá-las.
São efémeras eu sei. Estas de hoje ainda mais. Basta colhê-las, para murcharem. Mas, enquanto existem, estão lá, a enfrentar o mundo, cheias de risos coloridos e sem sequer adivinharem o que lhes irá acontecer. Não pensam no futuro, as flores. E,  certamente já não se lembram de como é ser semente.
São crédulas. Acreditam que a brisa lhes acariciará sempre os rostos frágeis e que a água as encherá de vida. O resto do mundo não lhes interessa. Ou, nem sequer o compreendem.
Ficam-se ali, num horizonte qualquer, à espera de nada e de ninguém. Só do vento que passa e lhes dá um abraço. Retribuem com os aromas inconfundíveis. Nota-se não se nota?...




George Sand

2 comentários:

  1. As minhas preferidas são as camélias. Belas mas tão efémeras. Talvez por isso a sua árvore-mãe, a Japoneira, seja tão fertil, tão persistente na renovação.

    abraço

    ResponderEliminar