Lembro-me muito vagamente, que começava sempre com orações intercaladas, absolutas.
Invariavelmente, na terceira pessoa do plural.
Não sei se eram elementos complementares do significado, se implicativos, mesmo, do coração.
Havia predicados, às dezenas, que se passeavam de mãos dadas a adjectivos coloridos e vibrantes.. Qual deles o mais bonito.
Com o tempo, foi ficando, sobretudo o verbo. Poderoso e directo. Um bocadinho alheio a atributos e opostos, a determinativos...mas ainda assim o verbo, sempre em passada larga de concordância, com ambos, os sujeitos.
Era assim que fazia sentido: num discurso directo e claro. Sem outra categoria que a da emoção.
Em uníssono, o substantivo próprio. Com número afectivo e, particularidade absoluta, de ternura.
Invariavelmente, na terceira pessoa do plural.
Não sei se eram elementos complementares do significado, se implicativos, mesmo, do coração.
Havia predicados, às dezenas, que se passeavam de mãos dadas a adjectivos coloridos e vibrantes.. Qual deles o mais bonito.
Com o tempo, foi ficando, sobretudo o verbo. Poderoso e directo. Um bocadinho alheio a atributos e opostos, a determinativos...mas ainda assim o verbo, sempre em passada larga de concordância, com ambos, os sujeitos.
Era assim que fazia sentido: num discurso directo e claro. Sem outra categoria que a da emoção.
Em uníssono, o substantivo próprio. Com número afectivo e, particularidade absoluta, de ternura.
Todos os hífens que nos encantam a memória eram tónicos. E, faziam-nos deslizar os dias, intercalados de coisas-e-sentimentos-parecidos-com-o-mar-feito-de-pele.
Não sei onde entraram os artigos...sobretudo os indefinidos...não me lembro sequer do dia...se foi por acaso, se pela mão de um superlativo maior.
O que sei é que acordei sem pronome.
Percebi então, que tudo, era afinal, relativo.Não sei onde entraram os artigos...sobretudo os indefinidos...não me lembro sequer do dia...se foi por acaso, se pela mão de um superlativo maior.
O que sei é que acordei sem pronome.
Justifiquei sem vírgulas. E numa ausência total de pontuação, troquei o condicional, pela primeira pessoa do singular.
A fotografia é de uma obra, do escultor em Lego, Nathan Sawaya
Cada vez acredito mais que as palavras a si lhe escorregam pelos cotovelos!
ResponderEliminarMas não lhe saem da boca, não!
Talvez de coisas-e-sentimentos-parecidos-com-o- mar-feito-de-pele?!! Talvez venham daí...
Mais uma vez parabéns por este texto!
É sempre um prazer ler o que escreve.
Abraço
Sónia
Obrigada Sónia
ResponderEliminarUm dia tenho que descobrir de onde vêm as palavras...talvez também seja dos comentários do blogue :)
Bj
Muito bom o texto!
ResponderEliminarFeliz Páscoa.
Beijinho. :)
Obrigada Ana.
EliminarUma Páscoa feliz, também para si.
Beijinho
Uma bela lição de gramática onde os sentimentos se entrecruzam por via dela.
ResponderEliminarUm texto excelentemente... conjugado!
Aproveita bem também estes dias que o calendário nos permite para um descanso merecido.
Beijos,
Obrigada.
EliminarUm bom descanso também e Boa Páscoa.
Bj
Perdi-me neste post e vou ter que revisionar toda a gramática portuguesa ;)
ResponderEliminarVotos de uma excelente Páscoa, beijinhos!
A gramática é um pretexto :)
EliminarUma boa Páscoa Tiago.Bj
Gostei muito do comentário que deixou no Interioridades.
ResponderEliminarUma Feliz Páscoa!
Obrigada.
EliminarPasseios longos, muitas vezes silenciosos no interioridades, que convidam à reflexão.
A lógica da semântica pode ser o que uma Mulher quiser. No seu caso, pode e deve ser uma imensidão. Mais um excelente texto.
ResponderEliminarExcelente Páscoa, um beijinho,
Paulo
À gramática, confesso, toco-lhe as voltas. Às vezes, tem que ser...
EliminarSemântica vem de Sema. Sinal, em Grego. Uma coisa muito feminina, sim.
Um beijinho e boa Páscoa
Vi os seus comentários no meu blogue e resolvi vir até aqui.
ResponderEliminarParabéns pela beleza dos seus textos e também das imagens escolhidas.
Prometo ir voltando :-)
Saudações
Luís Bonito,
EliminarSerá sempre bem vindo.
Descobri o seu blogue de que gostei .(ainda sou novata na blogosfera)
Uma Boa Páscoa
Passo para deixar votos de Boas Páscoa. Voltarei mais calmamente para me por em dia com os posts daqui, já que tenho andado arredada destes caminhos blogueiros. :)
ResponderEliminarObrigada.
EliminarFico sempre à espera de novas ecritas suas :)
Também gosto muito de palavras, embora as use sem poesia. Não é o seu caso. Parabéns pelo texto e Boa Páscoa (quase no fim).
ResponderEliminarA Páscoa quase no fim, que se pode fazer recomeço todos os dias...
EliminarObrigada pelas suas simpáticas palavras, lá se vai andando, nas voltas das palavras
um texto a que se impõe gramática.
ResponderEliminarinovador sem duvida.
bom domingo de Páscoa.
beij
Uma gramática de emoções...longe de compêndios :)
EliminarObrigada :)
Bj
Um texto original e muito bem construído.
ResponderEliminarUm verbo é sempre "poderoso e directo", se não abusarmos dos condicionais ;)
Ora aí é que está...quando se abusa dos condicionais, mete-se-lhe uma vírgula e remata-se a ponto de capote:um extraordinário, final parágrafo.
EliminarQue venham os Verbos, no imperativo! :)
Um texto criativo. Gostoso de ler! Sensível e delicado. Convidativo! Bjs
ResponderEliminarObrigada Julieta.
EliminarBj
Um post superlativo com humor entre parênteses e um ponto de exclamação no final. Muito bom!
ResponderEliminarEspero que tenha tido uma Páscoa Feliz. Por razões que me são alheias não pude passar por aqui em tempo para agradecer as amêndoas que me levou ao Rochedo.
Obrigado
Obrigada CBO.
EliminarAs amêndoas continuam muito bem vindas.
É sempre um gosto passar pelo seu Rochedo
Faltam-me os adjectivos para falar do teu texto...
ResponderEliminarNão sei se ladro, se agradeço...:)
EliminarObrigada Rafeiro
O Tempo... esse intrometido, atrevido, capaz de regular o verbo, impedindo o predicado de exprimir a acção do sujeito...
ResponderEliminarPara quê os complementos directos, se o tempo é o manipulador soberano e nos coloca na posição de ditongos ou de hiatos, conforme lhe dá na real gana?!
;)
Bem Bartolomeu, isso parece-me mesmo, próximo do infinito.:)
EliminarCom ponto de exclamação, mas sem ponto final, desejo-lhe uma boa semana!
ResponderEliminarGostei muito do texto.
Obrigada Pedro Coimbra.
EliminarGramáticas de emoções sem pontos finais, são boas...
Uma boa semana também para si.
Ai as vírgulas, relativizam tudo...
ResponderEliminarbj
Olinda
Pois relativizam Olinda. Pois relativizam.
EliminarBj
"No principio era o Verbo"... tudo o mais são adjectivos, em que apenas alguns nomes contam...
ResponderEliminarsubvertes a gramática. parece-me muito bem.
beijo
É divertido subverter a gramática heretico
EliminarBj