sábado, 31 de agosto de 2013
Emelin Requiem
Se descesse a noite, a noite seria um único sopro. A rasar o inequívoco.
Se raiasse o dia, o dia seria brisa mansa.
Ainda que chovesse, ainda que o vento se levantasse primeiro, na inversa proporção do teu sussurro - inaudível.
Nada mais haveria por contar, no mar vago das minhas imersas recordações.
O teu tempo Emelin, jazeria. Pousado, no lugar de tudo o que se reconta. Sem futuro Emelin, sem futuro...
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Que outra coisa, são as palavras?
Tinha-as contado de véspera: doze adjectivos, algumas preposições, um pacote inteiro de papel manteiga, com os cantos primorosamente dobrados, de encontro aos verbos. Calculava que deveria ter os bastantes.
Faltava virem entregar-lhe as prometidas interjeições, mais logo, pela hora do almoço...
Que outra coisa, são as palavras, senão meras vírgulas, acotoveladas à existência?
Faltava virem entregar-lhe as prometidas interjeições, mais logo, pela hora do almoço...
Que outra coisa, são as palavras, senão meras vírgulas, acotoveladas à existência?
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