Nunca olhava para o pulso a ver as horas. No pulso trazia apenas as linhas demarcadas de lugares alinhavados e, a espaços consentidos.
O tempo, esse recanto de infindável, escorregava-lhe inevitavelmente pela alma abaixo.
Impossível de conter um tal rio de vicissitudes, de alegrias, de escapatórios momentos, vividos às pressas.
Encavalitadas quase por cima de si mesmo, ficavam as voltas e reviravoltas que ainda haveriam de ser. Espreitavam amiúde, por cima do ombro, na esperança de ver no balanço, o momento preciso. Como se existisse um momento preciso…
Segurou-o na dobra do cotovelo, o tempo, assim escorregado. E alma, que o trazia colado e parecia pairar.