sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
No primeiro côncavo, da sua vida
Vivera uma geometria anexa.
Começara num plano mais ou menos oblíquo, para se tornar aos poucos em linhas. Rectas e horizontais. Dias que começavam num momento e acabavam, sem nenhum sobressalto, no fim do raio. Fosse ele, de que tamanho fosse...
Com o tempo, a perpendicularidade.
Um dia, num acaso, de uma janela mal fechada, a verticalidade a assombrar-lhe, uma nesga de existência.
Construiu alguns cubos, a partir daí. Que guardou sigilosamente, dentro de si.. Paralelepípedos nos dias sem grande historia e muitos sólidos, ao longo de toda a vida.
Sempre que havia necessidade de construção, reinventava tetraedros.
Só não ousou nunca uma curva.
E agora, que a história lhe pede...o primeiro côncavo, da sua vida?
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
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