Começaram por responder do apoio técnico, à simples pergunta sobre um indicativo da Eslovénia, com um...talvez se consultar as listas da PT, porque aqui não sabemos.
Restavam aí algumas, do tempo em que fui cliente da PT...número obtido, iniciámos o processo. Em vão, a Eslovénia quedava-se muda. Tentámos de redes móveis, onde foi possível tranquilizar os pais de um rapaz de 16 anos, que ria no sofá.
Votei a tentar a Zon TV cabo, uma vez que o "pacote", permitia fazer chamadas grátis a partir das 9 da noite...somos um país evoluído apesar das crises... e, pode-se conversar com o mundo, a partir das 9 da noite, gratuitamente. Mas o telefone continuava mudo e a Eslovénia incomunicável.
Do serviço de avarias a explicação...o operador que retransmite para a Eslovénia está com problemas....dentro de 24 horas já deve funcionar.
Deitei-me com um sorriso amarelo e, o rapaz eesloveno, satisfeito com um contacto via skipe.
Hoje, fui contactada pela Zon TV cabo, por causa da avaria e, ouvi o impensável...dentro de 10 dias no máximo é possível telefonar para a Eslovénia.
Como? Dentro de dez dias já não preciso de falar para a Eslovénia... passe-me a alguém responsável...
Sem querer acreditar no que ouvia e, sem querer sequer pensar no que dizer ao jovem, que daqui a pouco chega com a minha filha, de um passeio pela capital portuguesa, ouvi boquiaberta da responsável (Filipa Teixeira) que sim senhor, era verdade. A Eslovénia estava incomunicável através da Zon TV Cabo devido a "constrangimentos técnicos" e daqui a 10 dias (prazo máximo) já seria possível
Estou a pensar esconder tudo o que seja da Zon TV Cabo debaixo da cama...e estender dois copos de iogurte entre duas cidades europeias, com uma linha muito esticadinha e a cara pintada de preto.
Tenho vergonha de ser portuguesa!
Tenho vergonha!
Não sei se os funcionários da Zon TV Cabo têm? Perguntei à responsável Filipa Teixeira que me respondeu profissionalmente, ser irrelevante a sua opinião pessoal...
Gostava que partilhassem comigo esta situação que ilustra bem o país que temos.
Porque hoje, eu tenho vergonha de ser portuguesa! Pago a uma operadora telefónica que me diz, na cara,que chamadas para um país Europeu...só daqui a dez dias...prazo máximo.
Agradeço que partilhem e se indignem. Aliás informei, que iria escrever sobre isto a Zon TV Cabo e perguntei se não deveria antes falar com alguém "mais responsavel". Que não, que não era preciso. Afinal, constrangimentos acontecem...
É o país que temos. Mas não, sem a minha indiganação!
Se alguém tiver uma sugestão para não sermos alvo de risota, nomedamente na Eslovénia...é bem vinda!
Filipa Vera Jardim
quarta-feira, 29 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Revisitar
Gostei da paisagem familiar traçada a esboço e finalizada a aguarela.
Os recortes de infância redesenhados, nos espaços perfeitos da imagem, misturada com bolas de algodão, a susterem-me os sonhos. Assim, vindos do espaço, onde tudo permanece, intacto e perfeito, no tempo de um instante.
Estiquei o dedo e espalhei a areia.
Com um sopro, afastei os canaviais.
Das dunas fiz um castelo e, nas poças de água mergulhei os cotovelos.
Depois contemplei tudo, com o rosto apoiado nas mãos em concha, a saborear a brisa suave de outros horizontes .
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Matutino de hoje
Num matutino de hoje, daqueles de circulação intensa e gratuita, podia ler-se como título:
" A solução da crise está no subsolo". Não é uma novidade...mas é sempre uma esperança renovada. E a esperança, como toda a gente sabe é a última a morrer.
domingo, 26 de junho de 2011
12-37
Passar de 12º para 37 é anestesiante. Anda estou anestesiada. Ontem dormi de edredon e hoje tenho que ligar o ar condicionado...o cérebro ficou algures, entre o congelado e o empapado e sem informação de relevo...pode ser que amanhã haja mais.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Maré sem preia-mar
Desceu de novo, até lá, aos confins do horizonte, onde as lágrimas escorrem dos rochedos, com medo de quase tudo.
O espaço vazio fazia adivinhar a lonjura de mais um tempo vazio. Ou cheio de angústia. Ou cheio de medo. Ou cheio de raiva. Ou cheio de fúria. Ou cheio de vontade de destruição. Ou cheio de si.
Com os braços quase rasgados puxei uma uma, as ondas que teimavam em não subir, o areal feliz. Uma a uma, desde o tempero do sal, à transparência de cada gota. E uma a uma me escorregaram, levadas pela maré.
Hoje percebi porquê: não havia preia-mar.
Possivelmente nunca houve preia mar. Só nos meus sonhos de mar largo, em riso azul, teimei em inventar esse redondo cheio de vida, que se entorna em ternura, em cada silêncio, em cada gargalhada, em cada fotografia deambulada no cais.
Não havia preia-mar...
Muitos sabiam disso. Quase todos. Só eu, não percebi...porque teimei em a inventar e reinventar até ao soluçar compassado, da fonte e da foz.
O espaço vazio fazia adivinhar a lonjura de mais um tempo vazio. Ou cheio de angústia. Ou cheio de medo. Ou cheio de raiva. Ou cheio de fúria. Ou cheio de vontade de destruição. Ou cheio de si.
Com os braços quase rasgados puxei uma uma, as ondas que teimavam em não subir, o areal feliz. Uma a uma, desde o tempero do sal, à transparência de cada gota. E uma a uma me escorregaram, levadas pela maré.
Hoje percebi porquê: não havia preia-mar.
Possivelmente nunca houve preia mar. Só nos meus sonhos de mar largo, em riso azul, teimei em inventar esse redondo cheio de vida, que se entorna em ternura, em cada silêncio, em cada gargalhada, em cada fotografia deambulada no cais.
Não havia preia-mar...
Muitos sabiam disso. Quase todos. Só eu, não percebi...porque teimei em a inventar e reinventar até ao soluçar compassado, da fonte e da foz.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Garotos, garotices e garotadas
Só me ocorre um frase: garotos, garotice e garotada. Esperemos que amanhã, o dia de trabalho da Assembleia da República seja mais produtivo. Afinal é para trabalharem que lhes pagamos.
Esteve mal Passos Coelho numa escolha que se adivinhada desastrosa, mas já sem tempo de desonrar o compromisso. Esteve pior Fernando Nobre na não retirada a tempo da candidatura. Afirma-se Paulo Portas, tal como se esperava.
Esteve mal Passos Coelho numa escolha que se adivinhada desastrosa, mas já sem tempo de desonrar o compromisso. Esteve pior Fernando Nobre na não retirada a tempo da candidatura. Afirma-se Paulo Portas, tal como se esperava.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Palavras em planuras
Guardo no meu silêncio planuras de palavras.
Espaçada de tracejados,
E vírgulas deslizadas.
De quando em vez,
Uma pausa desnecessária
A recordar a semi-fusa
De um texto por pontuar.
Espaçada de tracejados,
E vírgulas deslizadas.
De quando em vez,
Uma pausa desnecessária
A recordar a semi-fusa
De um texto por pontuar.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Berlindes
Era um saco encarnado, cheio de bolas de vidro matizadas.
Um tesouro partilhado, com milhares de opções diferentes de brincadeira.
A imaginação quase se derretia, em tantas esferas coloridas, que ora serviam de balas de canhão em lutas de índios e cowboys no meio da sala, com uma linha divisória riscada a giz , ora tomavam a forma de pedras preciosas a esconder nas gaveta dos armários.
Ás vezes, desapareciam em covinhas marcadas na areia, do recreio do meu irmão, para logo reaparecerem, sob outras cores.
Em dias de chuva, alinhadas no parapeito da janela, adquiriam tonalidades diferentes. Transpareciam os risos fechados, por causa do mau tempo e, reinventavam histórias.
passaram todos os anos que tinham que passar. Nunca mais me lembrei.
Hoje reencontrei-as no fundo da memória.
Um tesouro partilhado, com milhares de opções diferentes de brincadeira.
A imaginação quase se derretia, em tantas esferas coloridas, que ora serviam de balas de canhão em lutas de índios e cowboys no meio da sala, com uma linha divisória riscada a giz , ora tomavam a forma de pedras preciosas a esconder nas gaveta dos armários.
Ás vezes, desapareciam em covinhas marcadas na areia, do recreio do meu irmão, para logo reaparecerem, sob outras cores.
Em dias de chuva, alinhadas no parapeito da janela, adquiriam tonalidades diferentes. Transpareciam os risos fechados, por causa do mau tempo e, reinventavam histórias.
passaram todos os anos que tinham que passar. Nunca mais me lembrei.
Hoje reencontrei-as no fundo da memória.
Copianço
Os candidatos a magistrados, apanhados a copiar no exame, vão repetir o exame. Será que ouvi bem?
E os candidatos não aprovados, que não copiaram no exame, também vão repetir o exame? Ou só os que copiaram? É preciso copiar para ter a chance de repetir exames? No meu tempo...quem era apanhado a copiar num exame era liminarmente reprovado...
E os candidatos não aprovados, que não copiaram no exame, também vão repetir o exame? Ou só os que copiaram? É preciso copiar para ter a chance de repetir exames? No meu tempo...quem era apanhado a copiar num exame era liminarmente reprovado...
quarta-feira, 15 de junho de 2011
A vida desfocada
De repente, sem aviso, os olhos vermelhos e lacrimejantes de uma banal conjuntivite, deram lugar ao pânico...30% apenas de visão...desfocada.
As cores baralharam-se. As imagens esfumaram-se, a vida perdeu todo o alcance e ganhou um absoluto sentido.
Tarefas normais do dia a dia tornaram-se impossíveis. A espera desesperante: restava o pensamento, a audição, o tacto, os intermináveis segundos transformados em minutos e a ausência de quase tudo.
E um dia, como se nada fosse, as coisas começaram a retomar a sua normalidade.
Mas se não fosse assim? Se não fosse assim, a minha casa estaria transforamda num labirínto. A rua, numa selva. E a vida, num zero quase absoluto que me faria ter que recomeçar. Aí sim, sem pontos de referência à partida e na esperança de um qualquer abrigo, pelo menos semelhante a algo que me parecesse familiar.
Não sei como é viver toda a vida sem ver. Mas passei pela experiência de pensar, como será recomeçar um dia, a vida sem ver. A ter que lembrar o mar de uma única cor. O verde transformado em aroma e abrisa feita caleidoscópio...
A minha homenagem a todos os que um dia viram e, noutro dia, tiveram que nascer de novo.
As cores baralharam-se. As imagens esfumaram-se, a vida perdeu todo o alcance e ganhou um absoluto sentido.
Tarefas normais do dia a dia tornaram-se impossíveis. A espera desesperante: restava o pensamento, a audição, o tacto, os intermináveis segundos transformados em minutos e a ausência de quase tudo.
E um dia, como se nada fosse, as coisas começaram a retomar a sua normalidade.
Mas se não fosse assim? Se não fosse assim, a minha casa estaria transforamda num labirínto. A rua, numa selva. E a vida, num zero quase absoluto que me faria ter que recomeçar. Aí sim, sem pontos de referência à partida e na esperança de um qualquer abrigo, pelo menos semelhante a algo que me parecesse familiar.
Não sei como é viver toda a vida sem ver. Mas passei pela experiência de pensar, como será recomeçar um dia, a vida sem ver. A ter que lembrar o mar de uma única cor. O verde transformado em aroma e abrisa feita caleidoscópio...
A minha homenagem a todos os que um dia viram e, noutro dia, tiveram que nascer de novo.
A Papoila Viajante
Nasceu um novo blogue. A coisa promete...chama-se Papoila Viajante e está aqui: http://papoilaviajante.blogspot.com/ Adivinham-se palavras lançadas ao vento e frases em debandada, para regalo da vista e da alma
terça-feira, 14 de junho de 2011
domingo, 12 de junho de 2011
Ver Blogue
Carreguei na tecla onde diz "ver blogue" e já consigo vislumbrar o blogue...parece-me que estou no principio da recuperação, pelo que mais vale não abusar. A coisa vai ser longa e penosa...
terça-feira, 7 de junho de 2011
Pausa ocular
Uma conjuntivite ocular com complicações, lesões na córnea e afins, em ambos os olhos, faz com que tenha que parar este blogue por cerca de oito a dez dias, se tudo correr bem. Os écrans de computador estão expressamente proibidos e a recomendação médica é de 24 horas, de preferência com os olhos a descansar. Os seja fechados. Ainda tentei explicar que 24 horas eram todas...reduziu para 18. Pretendo recorrer, assim que conseguir ver alguma coisa, neste mar de letras turvas.
Agora resta escolher uma imagem, que me acompanhe neste dias...pode ser um mar verde com flores amarelas, em jeito de Primavera.
Depois, se tudo correr bem darei certamente mais valor a este sentido precioso: a visão. E, à vida, que nos entra pelos olhos dentro, de forma tão natural, que nem percebemos.
Até já!
Agora resta escolher uma imagem, que me acompanhe neste dias...pode ser um mar verde com flores amarelas, em jeito de Primavera.
Depois, se tudo correr bem darei certamente mais valor a este sentido precioso: a visão. E, à vida, que nos entra pelos olhos dentro, de forma tão natural, que nem percebemos.
Até já!
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Coelho
E agora como é que a Senhora Merkel vai chamar o primeiro Ministro de Portugal: Passôs ou Coelo?
É que o som "lhe" não existe, para a totalidade da Europa...
Depois do Rosé Siocrates, temos agora uma profunda incógnita pela frente. O que não vai deixar de ter a sua graça nos telejornais.
É que o som "lhe" não existe, para a totalidade da Europa...
Depois do Rosé Siocrates, temos agora uma profunda incógnita pela frente. O que não vai deixar de ter a sua graça nos telejornais.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Comam Bolos!
O pânico instalou-se. Começou com o pepino e alastra agora de forma completamente descontrolada.
O consumo de hortícolas desce em todo o espaço europeu. Portugal não foge à regra, com os pepinos e as corguetes na linha da frente, seguidos de muito perto pelo tomate. Sem se saber também muito bem porquê...
Multilicam-se acusações e acções diplomáticas.
A Alemanha acusa a Espanha, de uma espécie de boicote verde, que terá como último fundamento, quiça uma qualquer saída airosa da crise, que promete fazer reféns, um após outro, os países mediterrânicos.
Refugiam-se, na família "Von Trapp e na "Heidi," em pureza de montanha descontaminada de tudo e de todos.
A Rússia, numa espécie de retorno à guerra fria, declara unilateralmente guerra à salada. Toda e qualquer espécie, que seja originária da Europa, que não a deles. Verdura, só a criada nos ares dos Urais e embalada pela babalaika.
Depois da Vaca ensandecida, da galinha engripada, do suíno empestado, ei-nos perante esta retaliação leguminosa.
Eu pelo sim pelo não deixei-me foi do queijo feta, aos quadadinhos, embalado pelos gregos que se manifestam em hordas furiosas.
Razão tinha a Maria Antonieta: Comam mas é bolos! Massas compactas de açúcar, rios de chocolate e creme, perfeitamente inócuos, que alimentam o corpo e sobretudo a alma.
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