Não fora isso, estaria tudo bem.
Uma paleta de recados, ordenados, por um sistema gradativo e colorido. Perfeitamente inteligível, sem o castanho, o cinza, e as nuances de pálidos luares.
Nada mais haveria a acrescentar, a essa tua paisagem de sempre azul. Além do céu e do mar.
Nunca tinha assistido a um pincelar de raivas, de claridades, e de expectativas...sempre azuis.
Sempre soube que nunca desenharias nada. O traço mais ou menos irregular, fazia-te cócegas nas ombreiras da vida.
Melhor espalhar desordenadamente os pigmentos, na paleta imprecisa, de mais uma viagem.
Pois claro que entornaste tinta!
Pois claro que nunca mais soubeste onde deixaste os matizes de lilás!
Agora não precisas de mais matizes de lilás...
Basta que preenchas tudo, nas ausências, de negro e branco. Ou nas raras presenças, escorridas ainda, pelos pincéis.
Experimenta as presenças escorridas pelos pincéis, hoje que a vida se te faz de novo e ainda, paleta.
E nunca te esqueças: a luz num ego brilhante, que se quer lunar.
Amanhã, alguém te cobrirá a tela de invisível silêncio
Quero ver o que pintarás depois...
Pois claro que nunca mais soubeste onde deixaste os matizes de lilás!
Agora não precisas de mais matizes de lilás...
Basta que preenchas tudo, nas ausências, de negro e branco. Ou nas raras presenças, escorridas ainda, pelos pincéis.
Experimenta as presenças escorridas pelos pincéis, hoje que a vida se te faz de novo e ainda, paleta.
E nunca te esqueças: a luz num ego brilhante, que se quer lunar.
Amanhã, alguém te cobrirá a tela de invisível silêncio
Quero ver o que pintarás depois...