Acostou devagar os olhos, à linha do horizonte.
Um cotovelo apoiado num fim de sol, que teimava em escorregar para o outro lado, sempre que as palavras prenunciavam planura.
Não havia assim tanto para contar, de uma vida entre-cruzada de mares. Sempre e só, entre-cruzada de mares.
Numa ocasião, fora o Pacífico, que lhe aplacara por algum tempo, a fúria. Apenas o necessário ao retempero do desejo.
Nem sempre sobrevivera bem às ondas. Tinha disso, consciência plena.O movimento era sempre contrário à entrega. E nada restava no final das marés: nem conchas, nem estrelas, nem búzios, dos que ainda sabem escutar .
Sucediam-se as preias, às baixas de mar. Sempre com origem numa tocata e fuga, em Dó menor, que sabia de cor. E pelo que acabou por se entender, lhe pertencia quase por inteiro.
Ao lavar-se de alma, o recomeçar, num outro oceano. O que equivalia, na prática a reconstruir de novo, com a angústia de poder perder, mais uma vez, o seu único sextante.
Não sei porquê, deixou-se guiar, ali mesmo por uma bússola desmagnetizada. Só a pensar que sem estrelas, nem caminhos traçados, quem sabe, encontraria então, o seu ponto cardeal.
Oxalá!
Um cotovelo apoiado num fim de sol, que teimava em escorregar para o outro lado, sempre que as palavras prenunciavam planura.
Não havia assim tanto para contar, de uma vida entre-cruzada de mares. Sempre e só, entre-cruzada de mares.
Numa ocasião, fora o Pacífico, que lhe aplacara por algum tempo, a fúria. Apenas o necessário ao retempero do desejo.
Nem sempre sobrevivera bem às ondas. Tinha disso, consciência plena.O movimento era sempre contrário à entrega. E nada restava no final das marés: nem conchas, nem estrelas, nem búzios, dos que ainda sabem escutar .
Sucediam-se as preias, às baixas de mar. Sempre com origem numa tocata e fuga, em Dó menor, que sabia de cor. E pelo que acabou por se entender, lhe pertencia quase por inteiro.
Ao lavar-se de alma, o recomeçar, num outro oceano. O que equivalia, na prática a reconstruir de novo, com a angústia de poder perder, mais uma vez, o seu único sextante.
Não sei porquê, deixou-se guiar, ali mesmo por uma bússola desmagnetizada. Só a pensar que sem estrelas, nem caminhos traçados, quem sabe, encontraria então, o seu ponto cardeal.
Oxalá!