Desmembrei-me
de todas as curvas da minha vida. Menos de uma: aquela que me pareceu revelar,
lá bem no fundo, uma pequeníssima fissura de infinito…
Estreita, é certo. “Entre calada” de muito antes e de tanto porém. Mesmo assim,
uma curva com uma pequeníssima fissura de infinito. Aconchegada ao canto
supremo do olhar.
Sinfonia com a largura do tempo, pensei eu.
De todo o tempo, que um dia passará a correr, por dentro de mim.
De resto, nada mais haveria nessa paisagem. Feita de rectas. Absolutamente semibreves
quarta-feira, 30 de julho de 2014
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Sem lugar de mim
Deixei os soluços, as lágrimas e o vento que me abraçava a garganta, atrás da porta.
Para dentro, trouxe apenas uma brisa ténue, sem nenhum rasto de mim...
Depois, simplesmente, adormeci.
(o quadro é do pintor Eduardo Naranjo)
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