Nunca olhava para o pulso a ver as horas. No pulso trazia apenas as linhas demarcadas de lugares alinhavados e, a espaços consentidos.
O tempo, esse recanto de infindável, escorregava-lhe inevitavelmente pela alma abaixo.
Impossível de conter um tal rio de vicissitudes, de alegrias, de escapatórios momentos, vividos às pressas.
Encavalitadas quase por cima de si mesmo, ficavam as voltas e reviravoltas que ainda haveriam de ser. Espreitavam amiúde, por cima do ombro, na esperança de ver no balanço, o momento preciso. Como se existisse um momento preciso…
Segurou-o na dobra do cotovelo, o tempo, assim escorregado. E alma, que o trazia colado e parecia pairar.
Há pássaros assim
ResponderEliminarSobretudo os pássaros, são assim.
ResponderEliminarObrigada
alma - vara do tempo!
ResponderEliminaronde se inscrevem os sinais - e escorregam todos os balanços.
admirável escrita - a tua
beijo
Muito obrigada heretico.
EliminarPus o comentário há segundos...mas evaporou-se: coisas de anjos... Vinha dizer que esta imagem me maravilhou: um anjinho negro! Tenho pensado nisso e choca-me não haver na bela pintura um querubim, um anjo que seja negro! Até escrevi um texto que perdi em que lamentava essa história. Hoje fiquei contente ao ver esta beleza! Obrigada por me dares essa alegria!
ResponderEliminarChez George Sand há humanidade, inteligência e beleza... Admiro esse lado da outra George Sand também.
beijos
Pela alma abaixo é que passam as coisas importantes, M.
ResponderEliminarHá anjos de todas as cores e de mil sorrisos Maria João. Por isso este menino anjo.
EliminarFico contente por ter gostado.
Obrigada
Bj
Nunca olhava para o pulso a ver as horas,porque de braços abertos acolhia todas as que viessem no fascínio que é a surpresa da vida?
ResponderEliminarÉ sempre muito bom poder lê-la.
Beijo com gratidão
Talvez seja por isso mesmo Concha...de braços abertos à vida e ás várias leituras que destes textos possam fazer.
EliminarBj e obrigada
Lindíssimo.
ResponderEliminarBeijinho.
Obrigada Ana.
EliminarBj
Por onde anda? tenho vindo ao seu canto "chez George Sand" e não anda por cá...
ResponderEliminarBom fim de semana!
Muito "faltosa" eu sei...mas com projectos.
EliminarObrigada e bom fimk de semana MJ Falcão
Todo o poema é, talvez, um espaço de espaços consentidos
ResponderEliminarBjo.
Em todo esse espaço e por todo esse tempo.
EliminarObrigada