Ontem nasceste poeta. Hoje cronista.
Amanhã serás, certamente, e de novo, contador de histórias. Dessas que só se encontram dobradas em mil, nos cantos da memória.
Nas mãos debruças silêncios e palavras. Escorregam-te sílabas pelo antebraço...que não seguras. A não ser no último instante, entre o polegar da brevidade de uma contracção e o indicador, propositadamente operante.
Ofegante de sílabas e ainda e suspenso de parágrafos. Inacabados, na angústia do peso certo e do lugar certeiro.
Não há lágrimas no teclado. Risos contidos em suporte de caractéres, senão estes, desalinhados...
Mas é mesmo assim...Anda...escreve
Não tenhas pena do que não encontras, nesses caminhos intrincados das coisas que se querem contar
Não te rendas!
Escreve sempre: eterna e desalmadamente.
Caneta,polegar,indicador e a mente que os governa... que integra, sem sombra de dúvidas,o grupo de pessoas que F.Espanca identifica e caracteriza tão bem:
ResponderEliminarSer poeta...
É ter de mil desejos o esplendor
É não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
O teclado, esse, é irrelevante...
gostei:-)
ResponderEliminarOlinda,
ResponderEliminarÉ sempre bom recordar a Florbela. Ela, que era uma poetisa. E esses versos, ligados para sempre aos trovante :)
Obrigada VMM de Souza. Isto da escrita é um apelo que se deve ir construindo.
George Sand,
ResponderEliminarQue Beleza!
Adorei sobremaneira este texto, do fundo do coração e da mente racional.
Boa noite e obrigada!:)
Obrigada Ana. Sempre uma simpatia :)
ResponderEliminarQue bom... apanhar um pouco desta escrita torrencial .)
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