De todos nós, gente a viver do que a terra dá, contra as cercas e os aramados. Porque já não somos meninos - se fossemos, os nossos pais se encarregariam de trazer ao nosso prato as codornizes e as perdizes e as galinholas... E o protesto seria deles então.
Longe vão, se não deviam ir, os tempos dos campos concentracionários. As redes são para as cabras. Exigimos a liberdade. E os nossos cães, também. Desgraçados, sintam-lhes a angustia de ficar para trás, a sua prece, a sua súplica, na espécie canina sempre em duas patas, jamais de joelhos.
Além do mais tudo isto é perigoso. Principalmente para a economia nacional, porque afasta o turismo. E para as minhas costas, já tão atacadas pelos bicos-de-papagaio.
João Afonso Machado
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