sábado, 20 de novembro de 2010

carta ao filho


Filho
Acordei sem lágrimas.
Já não resta água
Filho.
Nem sequer esperança.
Só a dobra do teu lençol
Serenamente encostada a um sorriso.
Os dias são planura extensa
Agrilhoada em minutos
Que se multiplicam na tua demora.
Porque não vens?
Abri as portas faz tempo
meu filho
Entrou mar, entrou céu, entrou ar.
Chuva e  um sol encharcado de luz.
Assim, filho.
nas noites despidas de sonhos.

Assim...


George. Sand

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