Devagarinho,
acomodou-se no nicho. As pernas de encontro ao queixo, no único lugar que lhe
permitiria permanecer, até que a luz o invadisse de novo.
Toda a noite as badaladas ecoaram um sibilante: tzim tzum, tzim tzum, tzim tzum sem que uma única fresta lhe traçasse um caminho.
Seria qualquer um, esse caminho, menos a o da escuridão… Tizm tzum, tzim tzum, tzimtzum
Adormeceu algures, entre a terra, o seu coração e a eternidade, embalado pela branda presença do som que lhe lembrava um outro amanhecer .
Quando acordou reparou que a única porta fechada lhe estendia uma recta absoluta. Com os olhos semiabertos, decidiu-se então começar a caminhar.
Toda a noite as badaladas ecoaram um sibilante: tzim tzum, tzim tzum, tzim tzum sem que uma única fresta lhe traçasse um caminho.
Seria qualquer um, esse caminho, menos a o da escuridão… Tizm tzum, tzim tzum, tzimtzum
Adormeceu algures, entre a terra, o seu coração e a eternidade, embalado pela branda presença do som que lhe lembrava um outro amanhecer .
Quando acordou reparou que a única porta fechada lhe estendia uma recta absoluta. Com os olhos semiabertos, decidiu-se então começar a caminhar.
Imagem: " Mandola" Georges Braque 1910
Muito bom
ResponderEliminarNuma posição de espera paciente,aguardou que a luz da manhã lhe permitisse encontrar o caminho!A
ResponderEliminarverdadeira possibilidade...pela porta fechada!
A luz chega mesmo através de uma porta fechada. por vezes, quem sabe, está no interior...
EliminarObrigada
Gosto dos teus textos Filipa, passo por vezes mas não deixo comentário. O meu tempo livre "esvai-se" muito depressa. Lindo o Braque também. Tantos cruzamentos...
ResponderEliminarO tempo é precioso e agradeço-lhe o bocadinho que dedica a este espaço. É sempre muito bem-vinda.
EliminarObrigada
Não há portas fechadas para a luz interior...
ResponderEliminarDeixo um abraço.
Bom fim de semana.
É verdade. Esperemos que assim seja sempre. Precisamos de luz. Uma boa semana e obrigada
ResponderEliminarUm abraço