Passava por ele todas as primaveras, em tantos anos, que já quase não cabem na memória.
Era sempre o mesmo espectáculo que me fazia levantar os olhos no princípio da rua e voltar a cabeça na esquina.
Um dia desapareceu.
Achei que morrera de frio ou de falta de cor, num Inverno mais rigoroso...mas não, ei-lo de volta a espreitar lilás, ainda que timidamente, por detrás do muro. Foi preciso cortá-lo, explicaram-me. Mas acabou por rebentar e devolve agora o olhar aos passantes, que tanto procuraram por ele.. Não abraça ainda a esquina, nem rivaliza com tantos outros exemplares, espalhados um pouco, pela primavera, mas lá chegará...
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