Recosemos vezes sem conta...
A imaginação aos sonhos.
O tempo que passa às recordações.
As imagens, aos destemperos.
As imagens, aos destemperos.
As lágrimas aos abraços.
A Música alinhavamos nos passos,
Resquícios dos desgovernos..
Feitos destinos,
Remendados nos laços,
que se desfazem,
pouco a pouco,
em novelos.
Remendados nos laços,
que se desfazem,
pouco a pouco,
em novelos.
Bainhas de pesadelos...
Da vida cerzida, apressada.
alinhavada em compassos,
destemperados de nada.
E no tempo de gargalhar,
tão breve que quase espanta,
Alfinetamos de raiva,
a dor que ainda enche a garganta.
No fim, não resta,
senão um pesponto perdido,
No cose e recose esquecido,
de uma vida,
mais que remendada.
(a Fotografia é do fotógrafo Mário Castello)
alinhavada em compassos,
destemperados de nada.
E no tempo de gargalhar,
tão breve que quase espanta,
Alfinetamos de raiva,
a dor que ainda enche a garganta.
No fim, não resta,
senão um pesponto perdido,
No cose e recose esquecido,
de uma vida,
mais que remendada.
(a Fotografia é do fotógrafo Mário Castello)
Ultimamente as palavras andam a fugir todas para o papel.. Mas de forma ordenada e harmoniosa, muito inspirada!
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarÉ destes remendos que se vive a vida.
ResponderEliminarObrigada.
Nem todas :) Obrigada João. Beijo grande
ResponderEliminarÉ verdade Sofia. Eu é que agradeço pelo seu "pesponto".
ResponderEliminarGosto dos versos. Mas porquê um final tão desiludido?
ResponderEliminarEnquanto houver vontade e agulhas afinadas, os finais nunca serão desiludidos, mesmo que os tenhamos que recoser muitas vezes, ao longo da vida
ResponderEliminar...e porque hoje gotas de chuva também me lavaram a alma
ResponderEliminar...e porque hoje também despi meu corpo e me olhei inteiro
...e porque hoje senti a sombra da minha ausência
...e porque hoje sorri à solidão e não fechei a janela
...e porque hoje abri a porta e entrei dentro de mim
...e porque hoje berrei o silêncio e o grito calei
...aqui vim e me quedei sorrindo do choro que ainda não chorei
Cosemos e recosemos... mas não faz mal!
ResponderEliminarA vida, só por ser vida, merece esse recoser...!
Exactamente!
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