Havia que retomar o tempo. As voltas concêntricas da vida, o
desalinho do entardecer na paisagem côncava do meu lugar.
Havia que retomar o tempo, devagar.
A promessa branda da simetria das horas que demoravam a enrolar-se na quietude.
O desafio ondulante de mais uma maré que irrompia de um espaço oportuno, a subir, a subir. E os tornozelos destapados na areia breve a cingirem-se às algas que chegavam às mãos cheias.
Havia que retomar o tempo todo, os sonhos todos, as interjeições e o luar.
O tempo numa cadência presente de absoluto. Matéria e energia, comportamento e causa, em cadência absoluta, desmesurada, pendular.
Imagem: Composição VIII de W. Kandinsky
Havia que retomar o tempo, devagar.
A promessa branda da simetria das horas que demoravam a enrolar-se na quietude.
O desafio ondulante de mais uma maré que irrompia de um espaço oportuno, a subir, a subir. E os tornozelos destapados na areia breve a cingirem-se às algas que chegavam às mãos cheias.
Havia que retomar o tempo todo, os sonhos todos, as interjeições e o luar.
O tempo numa cadência presente de absoluto. Matéria e energia, comportamento e causa, em cadência absoluta, desmesurada, pendular.
Imagem: Composição VIII de W. Kandinsky
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