Foi ontem em Almada.
Aqui a blogueira, apareceu como sempre...sem nada previsto. Nem um poema escolhido...
A coisa prometia correr mal. Muito mal. Não para a festa que ia grande em poesia, mas para a blogueira que estava acabrunhada...
Num momento qualquer, resolveu que poderia participar, mesmo não tendo nada...e saiu assim: (mais ou menos. O mais, perdeu-se no improviso e a atrapalhação das luzes.
Não trouxe sorrisos,
Sequer palavras,
Sequer silêncios,
Nada, na palma da mão.
Não seria preciso,
Nem haveria razão,
No dia da poesia.
Não sobrariam palavras,
perdidas por esse chão...
Escondidas numa qualquer destas esquinas (havia umas colunas que se viam do palco)
acotoveladas, quem sabe?
À vossa solidão. (aqui correram-se riscos...)
Não trouxe comigo palavras...
Mas trouxe comigo, paixão.
Depois disto a coisa compôs-se... e arrancou-se mais este...
É muito bom fazer poesia,
Quando a poesia quer.
Por vezes só há silêncios,
Nenhuma palavras lavrada,
nada, de encanto ou paixão.
Só sombras na madrugada,
penumbra esquecida de mim.
É muito bom fazer poesia,
Se poesia sorrida
Na água branda de palavras,
Do tempo, da nossa vida.
O momento do "teleponto, quase inútil" ficou registado para a posteridade e a blogueira, embora embevecida com os aplausos, das estrofes, pela gente benevolente de Almada, tão cedo não se mete noutra. Para a próxima leva o trabalhinho feito de casa comme il faut.
A fotografia e o convite, foram do Luís Milheiro. A trapalhada, foi mesmo desta que se assina.
Gostei muito do poema.
ResponderEliminar"É muito bom fazer poesia,
Quando a poesia quer."
Só os "escolhidos" podem escrever assim… "blogueira"... nunca me tinha ocorrido!
ResponderEliminarCristina Torrão,
ResponderEliminarSempre na crista da simpatia :)
Obrigada
JJ,
As palavras é deixá-las escorregar e apanhá-las nas dobras dos cotovelos. Depois o resto...lá vai.
Obrigada pela visita e volte sempre.
FANTÁSTICO !
ResponderEliminarBELEZA !
Que a poesia era um dos teus pontos fortes, já eu sabia, mas nunca me passou pela cabeça a força da tua inspiração em pleno palco !
Permite que transcreva o final da segunda poesia :
> Se poesia sorrida
Na água branda de palavras,
Do tempo, da nossa vida. <
Achei muito importante ( e original ) os parêntesis que aqui incluiste para que os teus seguidores melhor se situem no ambiente vivido com a referência às colunas do palco a fazer de esquinas e onde as palavras se acotelavam ( talvez à espera que o semáforo acendesse a luz verde, digo eu ).
Como vês, não foi só o público almadense que se rendeu á tua veia !
Também eu te aplaudo insistentamente a pedir um ENCORE.
Um beijo e obrigado por me teres trazido um belo fim de tarde.
muito bonito e sendo de improviso, promete:-)
ResponderEliminarPoesia de improviso sai bem! :)
ResponderEliminarfoi bom apareceres.
ResponderEliminarfoi melhor gostares e ofereceres-nos a tua poesia.
Anónimo.
ResponderEliminarVou mais pela prosa poética, mas desta vez ...
Isa Lisboa,
É sempre assim. As coisas saem quando querem e quando têm que sair.
Luis Eme,
Eu e que agradeço. Foi um óptimo serão. E ouvi algumas coisas que não conhecia.
Para a próxima, é melhor ir assim de improviso na mesma.
ResponderEliminarDe trapalhada aqui, não achei nada! Pelo contrário, gostei bastante do seu improviso :)
Abraço
Sónia
Absolutamente inspirada... não digas que não!
ResponderEliminarFoi um prazer assistir aqui a esse momento bonito.
Beijos,
Sónia M,
ResponderEliminarestas coisas das palavras acontece o que tem que acontecer. Este, foi um momento descontraído.
mfc,
De uma forma descontraída:) Obrigada. Bj
Gostei muito e não é fácil sair assim de um modo aparentemente fáci.
ResponderEliminarBeijinho de parabéns!
Obrigada Ana. Vai saindo :)
ResponderEliminarJoão Menéres,
ResponderEliminarMuito obrigada pelo seu comentário. Fiquei sem palavras. Gostei muito que tivesse gostado.
Que bom poder contribuir para um final de dia feliz.
Beijo e mais uma vez obrigada.
Poesia ao alto
ResponderEliminarExcelente
Deve ter sido um momento e tanto... Não há por aí um vídeo destas trovas? O improviso fica-lhe bem...;) Gostei dos poemas.
ResponderEliminarP.S- A revolução continua sempre e leva o seu q.b de poesia...
Silvestre,
ResponderEliminarObrigada. Poesia ao alto é um bom título :)
Tiago Mouta,
Obrigada. Vídeo não há :). Ainda bem que a revolução leva poesia. Essas são as verdadeiras: as das palavras.
Parabéns George Sand.
ResponderEliminarPelo que dizes e o que li... saiste-te lindamente!
Por vezes é necessário dar-mos um salto de "olhos fechados", para oerdermos o medo.
Parabéns...parabéns...!
Muitos parabéns.
Gostei.
Obrigada. Foi mesmo de improviso :)
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