Ao Futuro
Minha memória,
Escrevo-te depressa, com medo que o tempo acabe.
Escrevo-te a perguntar do futuro, a ti, que só tens passado.
Dono de idos e acontecidos,
De tantas recordações e de História.
A ti te rogo me digas,
Na ausência...
Do que vai acontecer.
Do tempo que não traz recado,
No espaço, que não tem memória.
Procura, manda dizer...
Se amanhã o dia vai clarear consoante o meu querer.
Ou, se ao contrário, irá chover.
Depois sem vontade, nenhuma vontade, eu sei.
trata então de adivinhar.
De contar tu, esta história....
Passar os olhos pelas imagens que do ponto de partida,
espreitam na curva da vida.
Olha, se puderes, compra com antecedência o selo
Não te esqueças, porém...
De jamais, o remeter.
(a fotografia foi tirada da internet )
Este texto foi originalmente escrito para o Blogue Cartas aos Molhos (palavras aos folhos)
(a fotografia foi tirada da internet )
Este texto foi originalmente escrito para o Blogue Cartas aos Molhos (palavras aos folhos)
Gostei!
ResponderEliminarMuito.
Bjs
Uma excelente carta, de apelo à preservação da memória, das coisas idas e da sua projecção em relação ao futuro...
ResponderEliminarUm bom dia.
:)
Olinda
Cliquei em 'Cartas aos Molho' e não deu. Voltarei a tentar.
Obrigada Pedro Coimbra.
ResponderEliminarSempre um estímulo.
Olinda,
Exactamente.
Vamos tendo leituras parecidas, nestas propostas abertas.
Vou tentar perceber o que se passa com o link. Sou um zero a informática
Não existem amanhãs
ResponderEliminarsem memória
Exactamente. O passado permanece, de uma forma ou de outra.
ResponderEliminarObrigada
Muito bonita esta carta com selo!
ResponderEliminarBeijinho.
Obrigada Ana.
ResponderEliminarBj
E se puderes pergunta também os números do EuroMilhões...
ResponderEliminarUm beijinho.
Prefiro nada saber... porque muito do que poderei vir a saber pode não me agradar.
ResponderEliminarmuito bem.
ResponderEliminarmfc,
ResponderEliminarTambém prefiro nada saber, por isso pedi para não remeter o futuro.
O euromilhões...
Obrigada
Daniel,
Muito obrigada
como vórtice - o tempo! ardendo no "tempo perdido"...
ResponderEliminarbelíssimo.
beijo
Obrigada Herético. Talvez seja isso mesmo: o tempo no tempo perdido...
ResponderEliminarBonito!
ResponderEliminarGeorge, agradeço o seu voto de Bom Natal, que só agora vi porque me tenho esquecido do blogue, desejando-lhe um Bom Ano.
Obrigada Cristina.
ResponderEliminarUm bom ano também para si
Ena, mas que texto...!
ResponderEliminarHugo de Macedo,
ResponderEliminarObrigada.
Passeio pelas ruas dentro de mim e só encontro o passado... Fruto da minha memória ele segue guiando os meus passos num tempo onde o efêmero e o descartável tenta desestabilizar as minhas certezas, mas não me oferece nada confiável e duradouro em que eu possa acreditar.
ResponderEliminarPor isso, sou adepta das cartas sem selo. Elas nos dão a ilusão de que o futuro ainda vai demorar um bom tempo... E que o passado, ah! o passado, sempre será um tempo em que éramos felizes e não sabíamos. Bjs
Também sou adepta de cartas sem selo se remetidas ao passado. Para ver o que o futuro nos reserva de bom, Julieta.
ResponderEliminarBj e obrigada