O horizonte afasta-se, numa velocidade estonteante, à medida que esse véu de urze, pinheiro e algas, toma conta de tudo.
Como se o mar nos entrasse pela alma e nos arrumasse de vez as sandálias, os chapéus, os ritmos de verão.
Mas não. Tudo não passa de uma encenação. Um bailado de abraço: entre a serra, de bruma branca e leve, e a neblina envolvente do mar.
O passo de dança, risca os dias, a uma hora qualquer. Vai e volta. Volta e sobe....devagar. Para logo se dissipar sem se perceber muito bem como.
Entretanto, fez-me acomodar o pensamento, em silêncio, no canto mais abrigado, do fundo deste jardim.
Sem horizonte. Sem espaço definido. Com o tempo a deslizar por galope, muito cima da minha cabeça. Retrato da vida. Daquilo que já se foi e, daquilo que se calhar estará ou não para acontecer.
Relembro aos passos, nos pés nus. Com sandálias arrumadas. Um caminho que talvez me apetecesse... se o rodopiar da vida assim o quiser.
O canto da alma é sempre o mais bonitos dos cantos.
ResponderEliminarObrigada pela sua visita e encorajamento acerca do blogger.
:)
Força Ana. Passo lá sempre que posso gosto muito :)
ResponderEliminarÀs vezes a vida desarruma-nos e nós arrumamo-la de novo e, nessas arrumações, encontramos o que julgávamos perdido e o que aconteceu e está para acontecer. É deixar estar as sandálias e trilhar o caminho porque a vida rodopiaa nesse sentido e... porque apetece...
ResponderEliminarLuis Bento
(o blogger não me deixou comentar com o meu mail...)
Foi escrito exactamente a pensar nisso Luís Bento. E de facto apetece dar esse rodopio de vida.
ResponderEliminarDesculpe...muita gente se tem queixado deste blogger que ora não seixa comentar como blogger, ora faz desaparecer coisas. A Ana em cima, perdeu de repente toda a coluna do lado direito...
Obrigada Filipa! Adorei o bailado.
ResponderEliminarApetece-me rodopiar...
Obrigada Fernanda
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