sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Bajo la sombra de los vencejos - XXVIII Encuentro de Poetas Iberoamericanos

 




Água 
Espera, espera por mim. 
Deixa que a água tombe devagar no meu silêncio, 
E me lave os recantos da alma, 
E me embeba os olhos, 
De todo o líquido de que for capaz,
Espera, só mais um instante.
Ao fundo da rua, vês? 
Há ondas que se levantam, 
E braços abertos, 
E uma nesga de céu tombado por cima da goteira
Que de boca aberta se despeja. 
Repara, 
Desaguamos todos. 


Agua 
Espera, espérame. 
Permite que el agua caiga lentamente en mi silencio, 
Y lave lon rincones de mi alma, 
Y empape mis ojos, 
Con todo el líquido que es capaz de contener.
Espera, un momento más.
Al final de la calle, lo ves?
Hay olas que se alzan, 
Y brazos abiertos, 
Y un trozo de cielo caído sobre la cuneta
Que se derrama con las bocas abiertas.
Mira, 
Todos nos drenamos!

(tradução de Alfredo P. Alencart)


 


 

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