segunda-feira, 13 de julho de 2020

Poema Translúcido


Havia festa e um poema que se pousava devagarinho no meu ombro, translúcido.
Todas as palavras tinham cor e gosto e riso e um vestido novo pespontado a gargalhadas.
Havia festa, uma festa breve que se fazia por entre todos, numa roda, num tempo, num  compasso de dança e um poema,  a pousar devagarinho no meu ombro, translúcido como todos os poemas.
São diáfanas e transparentes as palavras que transportam beleza.
São de memória e de lucidez todas as festas, todos os lugares de dança, todos os compassos de vida.



Imagem: A chave dos sonhos" de René Magritte

6 comentários:

  1. Beleza lúcida...esta dança.
    Gostei muito desta festa.

    Boa semana.
    Abraço

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    1. Muito obrigada.
      Um abraço e resto de boa semana também para si.

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  2. uma festa de arromba. onde os poemas tinham asas?...

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    1. Sim e nós eramos pássaros com olhos de pássaros e jeito de pássaros e tempo e espaço de pássaros.
      Obrigada, um abraço

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  3. O que eu gostei deste poema! Gosto de poemas que falam de palavras. Obrigado

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