segunda-feira, 19 de março de 2018
Transparente
Primeiro foram os contornos do rosto a esbaterem-se logo seguidos do inconsciente.
Ainda havia pernas, braços e uma vaga ideia de pestanas e, já nada se vislumbrava do inconsciente…Só uma névoa a lembrar um episódio remoto ou uma ideia que outrora tinha sido fixa.
O medo, a morte, a vida, a criatividade e a urgência teriam que brotar agora dos dedos dos pés, do lugar recôndito das virilhas entrelaçadas aos tendões, das dobras dos cotovelos que se faziam espuma tão mas tão, depressa…
Fosse como fosse, dentro de muito pouco tempo nada restaria. Pelo menos, nada que se visse.
Fotografia: Mornaria
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É muito bonito, mas triste.
ResponderEliminarSão personagens. E esta, está num caminho de transparência. Obrigada. Bj
ResponderEliminarPercebo essa transparência, mas não quero vivê-la. A folha é linda e está tão de acordo com o que diz...bj
ResponderEliminarPercebo. A transparência engole muita coisa mas ela existe e está por aí.
EliminarBj e obrigada Maria João
E apesar de tudo era nessa transparência que se cumpria...!
ResponderEliminarSem nenhuma outra alternativa Concha. Bj
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