domingo, 17 de maio de 2015

Mar desfolhado




Em cada onda desfolhei um ano, de todos os anos do meu passado.
Primeiro com força, de encontro às rochas. Anos de infância de que pouco recordo. Depois, mais mansamente, em páginas reviradas em lençol de areia.
De sete em sete ondas, lembrei-me de parar um pouco a existência, à espera de um sopro, que me viesse amarar, eternamente, a este lugar…
Pespontada a infinito, restará para sempre a transparência…do céu que se faz mar.

A fotografia é do Pedro Soares de Mello

6 comentários:

  1. Muito bonito este silêncio.
    Boa noite. :))






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    1. Obrigada Ana. Gosto de silêncios. São sempre muito esclarecedores.
      Um bom dia para si :)

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  2. ~~
    ~ ~ ~ Belíssimo! ~ ~ ~

    ~~ Mar, um tema
    querido, que sempre emociona-me.

    ~~ Num admirável crepúsculo...~~

    ~~~~~~ Beijinho. ~~~~~~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  3. É nesse ponto do infinito, onde o céu se faz mar,que gosto de pousar o olhar e sonhar,que tudo teve um sentido que dá sentido ao presente!

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    1. Não há passos que passam ao lado, da linha que se traça, por destino.
      Obrigada Concha

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