segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Sapatos de Mundo





Passou metade da sua vida a construir metade do seu mundo. Primeiro, com cubos largos e peças de lego encaixadas. Depois, com minuciosos kits coloridos,  de aviões de plástico que desembrulhava às pressas, não fosse o que  tinha  já de mundo, se poder abalar…

Passou a outra metade da vida, a construir a outra metade do seu mundo. Repleta de recortes de ideias, circunstâncias, atenuantes e invenções.
Globalmente, estaria  tudo redondamente  concluído…não fosse dar-se o caso, de se ter esquecido de aprender a atar os sapatos.

Filipa Vera Jardim

15 comentários:

  1. A vida preenchida com o que se julga ser o mais importante, mas onde falta o essencial!Um beijo.

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  2. Serão poucos os que se lembram de atar os sapatos enquanto, conscientemente vão gastando os tempos e os meios-tempos.

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    1. Tropeça-se sempre, se se perde de vista o essencial.
      Obrigada bartolomeu

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  3. e para quê os sapatos, se caminhava em passos nus e livres?

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  4. Realmente somos coleccionadores de ideias, de objectos, ... e esquecemos-nos das coisas mais simples.
    Um abraço.

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  5. E como é fácil tropeçarmos na falta dessas ataduras!

    Boa noite, George Sand! :)

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    1. Muito mais fácil do que por vezes pensamos.
      Bom domingo Maria Eu ( Tu)

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  6. Uma volta ao mundo.
    Fica a faltar a viagem ao interior de nós mesmos.
    Bj

    Olinda

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  7. Nunca me preocuparam os sapatos

    mas sempre detestei os atacadores

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