Barcos na cidade grande
Não
havia areia branca por aquelas paragens. Só um fio de luz ténue que lhes
embalava o corpo desvairado em marés negras das fábricas e dos turnos.
Uns após outros, os turnos, carregavam-nos de inconstâncias, muitas vezes amarradas à amurada e a medo.
No fim do dia, pousavam de costas para a cidade grande. E , a balouçar, de maré em
maré, adormeciam...
Fotografia do fotógrafo Pedro Soares de Mello
A lagoa de Óbidos oferece sempre a quem serenamente nas suas margens se senta e procura reconher nos contornos e nas cores dos céus; os sinais evidentes de que a existência humana é afinal o resultado de um conjunto de emoções.
ResponderEliminarConheci tantos contornos da lagoa, como emoções. Eles vão-se redesenhando Bartolomeu.
EliminarObrigada
Há barcos que fingem dormir
ResponderEliminarTalvez por isso mantenham sempre uma pequena distância da terra firme...
EliminarObrigada
Tantas vidas em que a única luz que ilumina o caminho é só mesmo um fio...!Oportunidades perdidas?Muito que se traz como herança?Decisões erradas?Algo a que não se consegue escapar,mas se vai integrando sendo possível navegar à bolina, até que os ventos sejam favoráveis?
ResponderEliminarEntre o destino e as encruzilhadas. as escolhas e o que nos é "imposto".
EliminarBj Concha e obrigada
barcos em contra ciclo de ,marés...
ResponderEliminarbeijo
têm um ciclo próprio, os barcos. e todos os que neles embarcam
EliminarObrigada herético
...ondular de desejos, em marés sempre novas. E recortam-se novos desenhos. Cada um seguidor do outro. mesmo que não anterior.
ResponderEliminarBelo, pois.
Obrigada e bem vinda!!!
EliminarBj AnaMar
Haja uma réstia de luz...
ResponderEliminarUm Feliz Natal!
Bj
Olinda
Bom ano Olinda
EliminarSaudades de a ler!Beijo Filipa.
ResponderEliminarVolto sempre Concha. Obrigada. Bj
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