quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Beatriz e os cabelos de céu.
Vivem assim, na brevidade do tempo. Curto, para nós que temos tempo. Longo, para eles que sabem da existência e do infinito.
Vivem assim, entre esta terra tão agreste, e a possibilidade de estenderem os dedos e puxarem devagarinho os cabelos ao céu.
Assim que estendem as mãos pequeninas, o céu baixa-se, de repente. Depois divertem-se a puxar-lhe os cabelos.
Julgo que passam muito tempo, a enrolá-los com as pontas dos dedos. Nos dias piores. Sobretudo, nos dias piores.
Ás vezes damos com eles, entretidos a pregar os olhos brilhantes, ao fundo da nossa alma.
Não estão ali. Ali, estão só de passagem.
Os olhos é que estão ali, pregados momentaneamente, ao fundo das nossas almas.
Quando partem, é como se nos dissessem tudo aquilo que já adivinhávamos...somos anjos. Sempre o fomos. Nem por um minuto, alguma vez, deixámos de o ser.
-Viste? Bastava-me estender as mãos para brincar com os cabelos de céu.
Serenamente, continuarão a fazê-lo.
Só não voltam a pregar os olhos, ao fundo da nossa alma.
Mas basta uma única vez...para perceber porque o fizeram.
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Na verdade
ResponderEliminarBj
Obrigada.
EliminarBj
Comovente.
ResponderEliminarCusta sempre ver um anjo partir.
Boa noite:)
Custa Isabel. Mas dadas as circunstâncias...é reconfortante saber que voltam a casa.
EliminarObrigada