sábado, 20 de julho de 2013

Vestido em tempo de vento




Antes de ontem fora o tempo. O tempo rodado no limite absurdo da bainha da sua saia.
Abotoado por fora da existência, entre casas e colcheias que lhe chegavam aos calcanhares.
E no dia anterior, fora o espaço. O espaço cingido de encontro ao peito.Com intervalos debruados.
Amanhã, seria certamente o resto do infinito, porque de hoje…de hoje só se lembrava do vento.

18 comentários:

  1. belos os debruados. cingindo o(s) peito(s)...

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  2. O vento brinca connosco. às vezes gosto dele, outras não.
    Deste gostei.
    Boa semana! :)

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  3. Gosto particularmente da ideia de um resto do infinito para o amanhã.Certamente aí caberão todas as possibilidades,em que não se exclui o sonho.

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    1. Nunca se exclui o sonho...muito menos do infinito. Sobretudo, do infinito. Obrigada Concha.
      Bj

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  4. Curiosa associação de palavras. Genial, sem dúvida.

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  5. Muito obrigada Hugo de Macedo. A genialidade é de quem vê/lê. Da minha parte, só a curiosidade, transposta aqui, por palavras.

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  6. e quando o tempo apenas É __________ o vento sente-se.
    Mais uma das suas belas prosa poética, Filipa.
    Abraço

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  7. hmmmm gostei. lia e ouvia o Gil a cantar"abacateiro, acataremos teu ato..." obrigado por me levar o cérebro até lá, faz-me bem.

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