terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Natal

Agreste aos olhos e à alma de muita gente. Talvez da maioria.
Pelo natal passam as memórias e as ausências.
À mesa, sentam-se os que estão, os que podiam estar e não estão e, os que estiveram um dia. Ficam ali, calados, numa esquina dos olhos, entre o coração, o prato e a sobremesa.
A mesa é a mesma, mas os rostos são diferentes.
É nestes dias, sobretudo, que nos lembramos dos natais da nossa infância: cobertos de doces e de esperanças no sapatinho. Demorados, ansiosos. Cheios de emoções e gargalhadas.
Depois, a vida vai-se impondo numa urgência aflita, que nos fez desatar cada vez mais depressa os laços, por mais que os apertemos...

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