Devagarinho, acomodou-se ao nicho. As pernas de encontro ao queixo, no único lugar que lhe permitiria permanecer, até que a luz o invadisse de novo.
Toda a noite as badaladas ecoaram um sibilante: tzim tzum, tzim tzum, tzim tzum sem que uma única fresta lhe traçasse um caminho.
Seria qualquer um, esse caminho, menos o da escuridão… Tizm tzum, tzim tzum, tzimtzum
Adormeceu algures entre a terra, o seu coração e a eternidade, embalado pela branda presença do som que lhe lembrava um outro amanhecer.Quando acordou, reparou que a única porta fechada lhe estendia uma recta absoluta. Com os olhos semiabertos, decidiu-se então começar a caminhar.
Imagem: Quadro de nadir Afonso
Um caminho sem fim à vista.
ResponderEliminarEscolha única e quase forçada.
Mesmo assim, corajosa...
Belo o quadro de Nadir Afonso.
Beijo
Olinda
As escolhas têm que ser corajosas sejam elas as que forem.
EliminarBeijo Olinda e obrigada
há caminhos assim - rectas absolutas!
ResponderEliminarsem regresso.
abraço
Pois há, são escolhas que se tornam o motor da vida.
EliminarUm abraço