quarta-feira, 27 de abril de 2011
Horizonte
Não procures o horizonte. Não procures lá, onde se esconde o destino, a sorte, o silêncio absurdo sem memória de futuro. Deixa que se faça tempo a tempo, no consentido gargalhar da água e no deslizar contínuo de cavalos e gnomos,em memórias de algodão, espaçadas de vento.
Depois, entrelaça tudo o que aprendeste e, tudo o que nem sequer te lembras. Encaixa devagarinho as peças do cavalo de porcelana que se partiu, eras tu ainda menino. E reaprende a cavalgar devagarinho, por entre os dedos e por entre os sonhos...
(Fotografia tirada no Chile, pelo fotógrafo Mário Castello)
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Muito belo o seu texto e hoje caiu mesmo bem!
ResponderEliminarA água tem o poder de nos fazer renascer. Há que "colar devagarinho as peças do cavalo de porcelana".
Bem-haja, Georges Sand. :)
Obrigada Ana
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