terça-feira, 28 de junho de 2011

Revisitar


Gostei da paisagem familiar traçada a esboço e finalizada a aguarela.
Os recortes de infância redesenhados, nos espaços perfeitos da imagem, misturada com bolas de algodão, a susterem-me os sonhos. Assim, vindos do espaço, onde tudo permanece, intacto e  perfeito, no tempo de um instante.
Estiquei o dedo e espalhei a areia.
Com um sopro, afastei os canaviais.
Das dunas fiz um castelo e, nas poças de água mergulhei os cotovelos.
Depois contemplei tudo, com o rosto apoiado nas mãos em concha, a saborear a brisa suave de outros horizontes .

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