segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Jardineiro de urze nas portas da Primavera
Não havia pressa. O sol que se espreguiçasse entre as margens, com o Douro a sorver-lhe a luz.
Passar de um lado para o outro, seria um simples sopro. Mal a brisa do fim da tarde se levantasse.
Por agora a quietude necessária a uma conversa de planuras.
Onde mais poderia questionar a alma sobre a ligeireza dos dias, com que ia deixando vazios, os canteiros, em que insistia em arrancar flores. Todas as flores, uma a uma, para plantar somente urze.
Seria assim, de urze, que as portas suspirariam, na esquina da Primavera, a dar passagem ao rio, respondia-lhe o eco.
De urze apenas...
Não haveria por isso lugar a pétalas suaves, na borda de água. Nem sequer por ordem dos sonhos coloridos de borboletas...
(a fotografia foi tirada da net)
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Touché... ;) Beijinhos
ResponderEliminarO teu texto pessimisya, um pouco nihilista, não consegue ofuscar a beleza que perpassa por todo ele.
ResponderEliminarAcaba por ser uma ode ao belo que se assume vitorioso perante a negritude dos pensamentos desalentados que hoje te invadiram.
Ahhh... e aquela imagem?!
O belo em toda a sua inteireza.
Beijinhos.
As paisagens que o Douro oferece são deslumbrantes.
ResponderEliminarBoa semana!!
Tiago Mouta,
ResponderEliminarSempre faz por aqui uma pausa na "revolução" :)
mfc,
Não o escrevi com pessimismo. Talvez a dureza da urze e dos elementos...em todo o seu esplendor, sem precisarem de canteiros floridos. Mas claro, sempre textos abertos a todas as leituras...obrigada
Pedro Coimbra,
É talvez dos sítios mais bonitos que eu vi. Um dia de memórias felizes e suaves. Espero lá voltar.
Boa semana também
Uma bonita imagem de um Douro que surpreende a cada esquina.É sem dúvida um lugar de sonho, onde apetece voltar sempre.
ResponderEliminarAbraço com tudo de bom para si.
Obrigada Concha.
ResponderEliminarEstou mesmo a pensar lá voltar. A essas dobras mais estreitas de rio.
Bj
Por vezes a simplicidade da urze pode ser tão bela que não são precisas as pétalas!
ResponderEliminarBj.
Foi nisso que eu pensei Ana.
ResponderEliminaràs vezes as coisas mais simples, podem ser as mais bonitas.
Obrigada
Bj
Também gosto muito de urze. Ficam muito bem num jardim, principalmente, misturadas com pedras. E pode-se dizer que são ecológicas, porque muito resistentes e praticamente não precisam de ser regadas, como, por exemplo, as rosas, ou outras espécies mais sensíveis.
ResponderEliminarSão sempre bonitas, sem precisarem de cuidados especiais ;)
As coisas simples sãos as mais bonitas, tantas vezes.
ResponderEliminarObrigada Cristina Torrão
a "autenticidade" áspera da urze. em seu esplendor...
ResponderEliminargosto. muito...
beijo
Obrigada heretico.
ResponderEliminarFoi essa a ideia, exactamente: a dureza áspera de uma planta que cresce selvagem.
Como é que esta Urze trás tanto aconchego? Bonito!!!
ResponderEliminarJHPreira,
ResponderEliminarAinda bem que gostou.
Obrigada
Belas as palavras que falam da urze que tantas vezes me acompanha os passos no meu trabalho pelas florestas.E sim, a a aparente aspereza duma espécie que se torna bela, não só pela bela descrição, mas no seu esplendor na natureza. E neste momento em flor.
ResponderEliminarBelo!
Eu sei AnaMar. Estão precisamente neste momento em flor... uma espécie de saudação à Primavera que se avizina.
ResponderEliminarSaudades de passeios na floresta.
Obrigada
Por vezes a saudade tem aroma... quase se pode tocar...
ResponderEliminarnão fosse por ser apenas a brisa a nos acariciar!!!
Adorei... me senti lá... de coração!!