quarta-feira, 30 de julho de 2014

Em fissura de infinito



Desmembrei-me de todas as curvas da minha vida. Menos de uma: aquela que me pareceu revelar, lá bem no fundo, uma pequeníssima fissura de infinito…
Estreita, é certo. “Entre calada” de muito antes e de tanto porém. Mesmo assim, uma curva com uma pequeníssima fissura de infinito. Aconchegada ao canto supremo do olhar.
Sinfonia com a largura do tempo, pensei eu.
De todo o tempo, que um dia passará a correr, por dentro de mim.
De resto, nada mais haveria nessa paisagem. Feita de rectas. Absolutamente semibreves

10 comentários:

  1. Lindo: De todo o tempo, que um dia passará a correr, por dentro de mim!!!

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    1. E não passa Thomas? Todos os dias, em rios de minutos...
      Obrigada

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  2. E no entanto, ali o mundo de todas as possibilidades...!!!

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    1. Todas as que se encontrem...nas curvas do infinito.
      Obrigada Concha

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  3. Muito bonita esta imagem escrita.
    Um abraço!

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  4. Belíssimo

    os seus vagarosos instantes

    Bj

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    1. De toas as curvas, que não têm um espaço definido
      Obrigada

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  5. uma pequeníssima fissura de infinito e o "big bang" explode...

    belíssimo.

    beijo

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    1. Explode sempre herético. Basta uma pequena fissura...
      Obrigada

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