quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Se um dia me perder



Se um dia me perder,
Remetam-me em viagem,
A mim, que ainda não me sei.
Se um dia me perder,
Porque a seu tempo…...
Eu me acharei.

Filipa Vera Jardim.

(na fotografia, algumas das 5500 crianças austríacas, refugiadas de guerra, acolhidas em Portugal entre 1947 e 1952 ao abrigo do programa da Cáritas)

8 comentários:

  1. ~~~
    ~ É bom estarmos em tempo de perdermo-nos e acharmo-nos...

    ~~~ A fotografia é impressionante! ~~~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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    1. Vamos-nos perdendo...e vamos-nos achando.
      A fotografia é da época.
      Obrigada

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  2. "o tempo é um grande escultor..."

    e encruzilhada de mil encontros e desencontros... até connosco próprios.

    gosto muito de teus poemas a "explodir" de sentido(s)

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  3. Um dia disseram-me

    Quer conhecer Atenas?
    Perca-se em Atenas

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    1. Atenas é um bom sitio para nos perdermos. E ainda melhor...para nos encontramos.
      Ευχαριστώ (obrigada)

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  4. Convivi diariamente com uma dessas crianças. Meus pais acolheram uma menina, mais velha... e éramos cinco irmãos. Todos a viamos como mais um, passamos a ser seis irmãos... até que um dia voltou para seus país. Muito choro, muita saudade.
    Durante anos trocámos notícias, até que meus pais desapareceram, a casa familia vendeu-se, e o contacto perdeu-se.
    Esta foto trouxe-me a nostalgia da infância. Gostaria muito de saber se ainda está viva.

    O teu poema de momentos perdida, associado à fotografia, um doce travo a equibrio/desequilibro. Daqueles momentos, em que nos perdemos, na esperança de nos reencontrarmos.

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    1. É bom saber que este tema ainda "toca".
      Creio que será possível saber o paradeiro dessa criança. A Cáritas fez aqui há um tempo (dois anos) um encontro a esse propósito, para relembrar as crianças que viveram para Portugal. Algumas delas estiveram cá.
      Junto da Cáritas, será possível ver os registos dessas crianças e tentar saber o paradeiro da pessoa que procura.
      Boa sorte e obrigada pela visita e pelo comentário

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