quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

No patamar da sua existência


Era difícil entrar em casa, com a memória assim, escancarada de fresco.
Rodar sete vezes a chave que trazia ao peito, desde que nascera, parecera-lhe sempre, uma tarefa improvável.
Sete vezes dissera-lhe sempre a mãe, antes de morrer. Sete vezes…para o lado de onde te soar o teu coração.
E as escadas a galgarem-lhe o pensamento.
E, as portas que rangiam de encontro aos sopros que vinham do quintal.
O coração a sobrepor-se, numa linha imaginária,  que se estendia pela sombra dos ombros, até ao patamar maior da sua existência…


Ponte



Há um trapézio, na lua sim. Estendido, entre os dois lados da noite.
Numa ponta o teu crepúsculo, na outra, a minha alvorada.